quarta-feira, 10 de março de 2010

(Desne)cesárea

Segundo a pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública junto ao Instituto Fernandes Figueira e a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, a maioria das brasileiras (70%), gostariam de tentar o parto normal, mas poucas (10%) conseguem. Esse índice torna nossa país campeão em partos cirúrgicos!

Mas o que está acontecendo para este número ser tão alto? Há duas explicações: o sistema de saúde do nosso país e questões culturais. Segundo o ginecologista Carlos Czeresnia, a mulher latina encara a dor do parto como sofrimento e não como algo que proporcionará uma grande realização pessoal, e isso acaba se tornando um problema.

A outra questão, e a mais preocupante, é o nosso sistema de saúde. Para um médico conveniado ou mesmo particular, ao fazer as contas, vê-se que fazer uma cesariana é muito mais econômico, uma vez que um parto normal leva de 8 a 12 horas e paga-se por hora. Desta maneira, os médicos acusam que a mulher não tem dilatação, indicam o parto cirúrgico sem real necessidade e minimizam os riscos, mas afinal, porque só as mulheres brasileiras não teriam dilatação?

A confiança quase cega nos médicos, outro fator cultural, faz com que alguns erros sejam cometidos. Por exemplo, muitas mulheres acreditam que a cesárea é mais segura que o parto normal, o que é um engano! O risco de morte em uma cesárea é quase 11 vezes maior que o parto normal, uma vez que o parto normal faz parte do término do amadurecimento do bebê e é muito melhor tanto para mãe quanto para o bebê.

A cesárea é a única alternativa em caso de placenta prévia, bebê em situação transversa (“atravessado”) e herpes genital com lesão durante o final da gestação. Os outros casos devem ser analisados minuciosamente.

A informação da mãe e de seu acompanhante sobre os dois tipos de partos é fundamental, só assim o casal poderá fazer a melhor escolha. E lembre-se: ouvir mais de mais médico é sempre recomendável!

Baby & Co – preocupada com o bem estar do seu filho!

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